DOM FREDERICO COSTA.
Genesimo Braga (Da Academia Amazonense de Letras)
Expirara entre nimbos e odores de santidade, em terras de Espanha, à beira do Mediterrâneo, na ora doce, ora ardente Barcelona de santos, de reis, de filósofos e de guerrilheiros, o santarenense que, havia 73 anos, nascera entre pulcros ares de predestinação, à beira do mais belo dos rios brasileiros, — o Tapajós — na discreta e despretensiosa Boim, então uma pacata e ingênua vila do Município de Santarém, no Estado do Pará.
O chão catalão, onde o corpo de Dom Frederico Benício de Souza Costa encontrara o abrigo derradeiro, vira nascer e morrer Santo Olegário, o Grande Bispo; saudara, entre pompas reais, o nascer de Santa Izabel de Portugal, a Rainha Santa ouvira os primeiros vagidos de São João da Mata, o fundador da Ordem da Trindade; e dera também sepultura, entre preces e lágrimas, aos despojos de São Pedro Nolasco, de São Raimundo Pennafort, o Canonista, e de Santa Maria de Cervello, a Mística. Aquele solo ainda do século XIII, nas velhas ruas de Barcelona, os passos e as vozes de São Francisco de Assis, indo em socorro dos pobres e pregando ao povo a caridade e o amor. SAIBA MAIS
Fonte: Programa da Festa de Nossa Senhora da Conceição, 8 dezembros de 1975. Págs. 15,17,19,25,27,28.