A
conexão viária da capital do Estado do Mato Grosso ao porto paraense de
Santarém, tem sido um desejo há muito acalentado à medida em que a fronteira
agrícola foi adentrando o norte daquele Estado. A materialização do sonho
começou na década de 70, em cujo final a BR-163 foi aberta ao tráfego. Tida
como pioneira quando às características técnicas de rodovia em terra com
revestimento primário, a BR-163, no entanto, não teve a execução dos
melhoramentos que a consolidariam. Além disso, ela também enfrentou a falta dos
cuidados mínimos de conservação. Assim, a estrada pioneira tem frustrado a
maior parte dos objetivos que a justificaram.
Planos
e programas têm sido elaborados nos últimos 20 anos, aproximadamente, desde que
os primeiros trechos entraram em tráfego e a área de influência passou a
avolumar a produção agrícola. Evoluiu-se da idéia de uma ligação simplesmente
rodoviária, para a de um “corredor de transporte” e, mais recentemente –
segundo a política federal para a correção de desequilíbrios regionais -, para
a concepção de “corredor de integração”, conceito bem mais amplo que os
anteriores para os objetivos do desenvolvimento sócio-econômico.
“Sonho acalentado desde a década de 70, a conexão viária Cuiabá-Santarém ainda requer investimentos”
Artigo extraído da Revista, PARÁ desenvolvimento, Instituto do Desenvolvimento Econômico-Social do Pará- IDESP, Informação. A base do Planejamento., ISSN 0553-1721, Belém-Pará, P. d., Belém, n° 29, p. 03-100, jan. 1996. Edição Especial, p.78.