CATRAIEIROS
JOÃO SANTOS
Não se pode precisar a
data em que os, catraieiros começaram a operar no porto de Santarém, mas se
pode afirmar que seu aparecimento foi determinado pela necessidade de fazer o
tráfego dos passageiros dos navios para terra e vice-versa. Foi, pois, em uma
época em que os navios de grande calado começaram a aportar em Santarém, não
sendo mais possível chegarem até a beira da praia para lançar sua prancha
facilitando a comunicação entre terra e navio, como até então os barcos faziam.
Sua denominação proveio
do tipo de embarcação que utilizavam. Uma canoa de vinte palmos de comprimento
com capacidade para setecentos quilos e com lotação para doze passageiros.
Geralmente essas canoas eram fabricadas no Rio Arapiuns e sofriam uma
adaptação, com colocação de bancos laterais na popa, soalho e eram movidas por
duas longas faias colocadas na proa, seguras por forquetas presas em almofadas
laterais da canoa. Eram bem cuidadas, limpas e ofereciam conforto e segurança para
os usuários. Todas estavam identificadas por nomes: "Flor de Maio",
"Santa Maria", "Zazá", "Gaivota",
"Paysandu", "Angelita" e outros nomes que se perderam no
esquecimento. Não eram numerosas. No máximo umas vinte catraias para esse
serviço. SAIBA MAIS