A HERANÇA CULTURAL DE SANTARÉM - Wilson Fonseca 1967 - NA MÚSICA

A HERANÇA CULTURAL DE SANTARÉM
Wilson Fonseca


NA MÚSICA
Fonte: Festividade de Nossa Senhora da Conceição 1967, folhas 9,13,17,23,27,31

Dada a nossa vivência no setor, maior facilidade encontramos na exploração do terreno que se relaciona à música em nossa terra. Reconhecemos, entretanto, que pobre de subsídios é a sua história, tão somente pela falta de meios. 
Não padece dúvida que, como em todo o país os primeiros musicistas de Santarém foram os seus primeiros habitantes, com os seus batuques de chocalhos, maracás, cerimônias, rezas ao deus selvagem, danças típicas, etc. 
As primeiras referências sobre música de civilizados aqui pela Tapajônia, foram-nos transmitidas por Bates, que assim se expressa: “A gente nova gostava muito de música, sendo os principais instrumentos a flauta, o violino, o violão, e uma pequena viola de quatro cordas, chamada “cavaquinho”. Durante a primeira parte de minha estada em Santarém, pequeno grupo de músicos dirigidos por um mulato alto, magro, maltrapilho (é de lamentar-se a omissão do nome), que era entusiasta por sua arte, costumava frequentemente fazer serenatas aos seus amigos nas noites de luar, frescas e claras, da estação seca, tocando marchas e músicas de danças de autores franceses e italianos, com muito gosto. O violão, era instrumento favorito de ambos os sexos, como no Pará, mas o piano estava rapidamente tomando o seu lugar.



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