CARLOS ARRUDA "CABANOS! NOVELA HISTÓRICA" DE 1969 - BELÉM - PARÁ - Parte IX e X

CABANOS!  NOVELA HISTÓRICA
CALOS ARRUDA
BELÉM - PARÁ - 1969

Parte IX e X
 
No meio da intranquilidade geral inicia Francisco Pedro Vinagre, o árduo trabalho de governar a Província no turbilhão de paixões políticas e ódios pessoais. Tarefa difícil e tumultuada, mas os primeiros dias são vencidos e ao raiar do mês de março é lançado um manifesto que causa impacto e efeitos de uma bomba nos meios políticos regionais e nacionais: 
“Amazonenses 
O País das Amazonas que nos é tão querido, será feliz e livre sob os auspícios da união e lealdade dos seus naturais, mostrará ao mundo em todas as épocas, que não ama nem teme a escravidão e que só preza a paz com liberdade!” 
O lançamento desse manifesto repercute intensamente nos diversos grupos políticos. Os democratas autênticos e idealistas, liderados por Angelim, aplaudem, vendo nele a bandeira de um governo popular a ser incrementado por Vinagre. Os intelectuais progressistas liderados pelo padre Casemiro a quem é atribuída a autoria, creem, e disso são publicamente acusados, que somente a independência trará à Província a paz e o trabalho que ela necessita. Pregam a independência, não como ideia separatista, mas como uma necessidade orgânica da Província relegada ao desprezo e incompreensão da Corte, que teima em não atender os seus anseios e aspirações. Na Câmara Municipal, sede do poder econômico e da aristocracia rural, o manifesto é analisado, criticado e atacado por um arrasador bombardeio verbal. O tempo das sessões diárias e todo tomado pelo discursos patrióticos. A tempestade de oratória daquela Câmara, que no dizer de Angelim não representava o povo, e a sua repercussão, aliadas às pressões dos amigos e pessoas gradas, inclusive do bispo, influenciam Francisco Vinagre a um recuo total. E em declaração pública reafirma sua obediência à Corte do Rio de Janeiro, dizendo:  SAIBA MAIS

CARLOS ARRUDA "CABANOS! NOVELA HISTÓRICA" DE 1969 - BELÉM - PARÁ  - Parte I e II



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